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Casa dos Açores no Algarve

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Casa dos Açores no Algarve

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Presentemente sem  atividade, a Casa dos Açores no Algarve desenvolveu um profícuo trabalho na preservação da identidade cultural açoriana e promoção dos Açores em terras algarvias. Membro fundador do Conselho Mundial das Casas dos Açores, desde a sua fundação, em 13 de novembro de 1997.

Presidentes da Direção: Ruben Santos (2007-2019); António Pessoa (1999); Ruben Santos (1996); e José Luís Mota Vieira (1993)

 

«A nossa identidade de gente do basalto e do mar, de caçadores de cachalotes, de fé no Divino Espírito Santo, de partida constante ao encontro de horizontes que o sonho enaltece ou, apenas, na fuga aos fenómenos telúricos, jamais esmorece sempre que galgada a fronteira que confina a ilha e faz do mar o caminho necessário.
Onde quer que tal caminho nos leve, a vivência das ilhas e a sua divulgação plena na região ou país de acolhimento é, sempre, um dos mais firmes propósitos do âmago açórico.

Longe de qualquer exceção, no Algarve esse propósito também ganhou forma, e, num conseguido conjunto de esforços, a diáspora açoriana faz surgir, no início do ano de mil novecentos e noventa e dois, como estrutura de raiz e simultânea base de divulgação das nossas ilhas-berço, o Núcleo dos Açores no Algarve, instituição não oficial que durante quase dois anos assume, com coerência, toda uma ação exigida e, sempre, conseguida.

Das vastas atividades desenvolvidas e de todo o desempenho posto em prática, é de sublinhar a excursão aérea à ilha de S. Miguel, em finais de Janeiro de mil novecentos e noventa e três, que aglutinou e entusiasmou mais de centena e meia de pessoas, entre as quais responsáveis do poder local, professores de diferentes áreas, empresários e diversas outras entidades que, pela primeira vez, tomam conhecimento, em piso ilhéu, com a realidade do Arquipélago dos Açores.

Pela bem sucedida e feliz ocorrência, novos e amplos horizontes se vislumbram levando à prática uma convicta e uníssona opinião dos responsáveis do Núcleo e de toda a massa associativa, sempre presente nas decisões de porte, baseada no colmatar de nova instituição, desta feita de cariz oficial, tendente a, num aspeto definitivo, formatar e consolidar a expressa vontade de dar a conhecer, na região de acolhimento, o “todo” que a região de origem dispõe e pretende, na mais franca e aberta generosidade, ofertar.

A Casa dos Açores no Algarve surge, então, nesta perspetiva, e é oficialmente constituída por escritura pública de dezoito de maio de mil novecentos e noventa e três, exarada no I Cartório da Secretaria Notarial de Faro, facto que circunstancia a dissolução do inicial Núcleo.

Até novembro de mil novecentos e noventa e quatro sem dispor de espaço físico próprio, reúne nos mais diversos sítios onde possa ser facultada uma zona de trabalho e, deste modo, coordena com assumida responsabilidade a finalidade a que se votara.
Por oportuna e feliz circunstância, na referenciada data, a Casa dos Açores no Algarve instala-se, por arrendamento, num quase centenário e humilde imóvel localizado na baixa de Faro – no Largo da Estação – que não ofertando as condições consideradas desejáveis, estabelece um necessário e dinâmico ponto de encontro e referência, viabilizando e sensibilizando a coordenação de um mais acentuado e eficaz programa de trabalho, uma ação bem mais criteriosa e uma atividade melhor qualificada em prol da “açorianidade” que preconiza dever e querer expressar fora de portas.
Pormenor de forte e inegável relevo, entre vários outros que possam distinguir a diáspora açoriana que vive e labuta neste extremo Sul de Portugal Continental, refere uma contagem que se presume equivaler a uma centena de ilhéus-açorianos, fixados na notória dispersão geográfica da fronteira de Espanha à Ponta de Sagres. Este facto formula uma dupla responsabilidade à qual a Casa dos Açores no Algarve não pode nem deve alhear-se e, visa, em simultâneo, toda uma atividade dirigida à diáspora açórica quantitativamente menos expressiva e à aberta, atenta e enorme comunidade envolvente que a insere.

Corre, como norma destacada e de bom grado difundida, ser a Casa dos Açores no Algarve uma instituição plena de valores colhidos na origem e partilhados por toda a extensa região de acolhimento. Esta forte e verídica realidade equivale à mais valia que, acentuadamente, se particulariza nos vários concelhos cujas autarquias e outras entidades representativas e de manifesta implantação, não raras vezes, formulam convites com base no desenvolvimento de projetos nas respetivas zonas de influência como, inclusive, a constituição de firmes parcerias capazes de ultimar esses mesmos projetos.

Por boa verdade, esta proximidade franca e honesta no relacionamento focado, proporciona gratificantes sinergias de trabalho, sempre desenvolvido de forma meticulosa e saudável, na procura de articular úteis e duradouras interligações.
Sem queixas formuladas mas com esperança num melhor porvir, convém frisar que, por exíguas e precárias, as instalações onde funciona a sede da Casa dos Açores no Algarve mostram incapacidade de suportar a significativa maioria das atividades programadas. Viabilizá-las, depende, então, dos bons relacionamentos alicerçados que têm permitido amáveis cedências pontuais dos necessários espaços físicos, desde salão nobre de autarquias, auditórios, galerias, bibliotecas, jardins ou outras áreas que se coadunam aos acontecimentos.

A nítida identidade do Arquipélago dos Açores é, claramente, revelada e difundida desde o mais remoto registo ao acentuado desenvolvimento e notório progresso que, hoje, se diversifica na abrangência das nove ilhas que se aninham na constituída Região Autónoma.

Como uma das vertentes dessa mesma identidade, revelar poesia e poetas, obras e escritores, exposições de pintura e fotografia e seus autores, mostras de artesanato, música e cantares, palestras da mais diversa temática, “mesas-redondas” e tertúlias várias, corresponde à sempre intencional e crescente responsabilidade, direcionada a um amplo horizonte onde a realidade açoriana é, em simultâneo, dissecada na avidez do conhecimento e no eco que deve fazer repercutir.

Revelar a memória da baleação, que envolve e desperta interesse e curiosidade, expondo, incluso, os artísticos trabalhos concebidos em marfim e osso de baleia. Revelar ainda a raríssima arte manifestada nas peças, quase únicas, que o miolo de figueira deixa reproduzir, ou dar a conhecer o talento que transforma casca de cebola ou de alho, ou escamas de peixe, em quadros ou peças várias de decoração única é, apenas, o não descurar, parcial, do projeto que o Algarve usufrui e que a Casa dos Açores, conscientemente, direciona e implementa.

Várias outras vertentes de identidade açoriana são, habitualmente, referenciadas e com entusiasmo recebidas pela comunidade envolvente, permitindo uma visão generalizada do Arquipélago, suas ilhas, gentes, usos e costumes.

Reviver o passado, por exemplo, pela apresentação, em desfile, de trajos populares, divulgar a gastronomia, promover o sabor dos vinhos das nossas ilhas, constitui também, entre várias outras, mais uma manifestação das que responsabilizam a Casa dos Açores no Algarve e a diáspora açórica e sensibilizam a comunidade envolvente.
Tarefa também a ter em conta tende a abranger e entusiasmar o tecido empresarial, quer na origem quer no acolhimento, esforço que, de momento, com poucos frutos colhidos poderá, no futuro, colmatar num satisfatório resultado, tão benéfico quanto necessário.

Porém, o mais forte e marcante facto que a Casa dos Açores terá protagonizado no Algarve cinge-se à reimplantação do culto ao Divino Espírito Santo.
Como advertência e última notícia conhecida sobre a prática deste culto e festejos, neste extremo sul do continente português, uma referência ao sotavento algarvio, mais propriamente à zona da cidade de Tavira, localiza-o, temporalmente, em meados do século XIX.

Por tal, a nove de Junho de mil novecentos e noventa e seis, quase século e meio após os últimos festejos que o conhecimento parece alcançar, a Casa dos Açores repõe no Algarve onde se posiciona, toda a evidência e tradição do Espírito Santo no seu conceito original.

É assumido, assim, o “Ciclo das Nove Ilhas no Culto e Festejos ao Divino Espírito Santo” que, desde então, e ano após ano, tem feito viver a verdade da partilha.
Os cortejos, as coroas, as bandeiras, as filarmónicas, as missas com cânticos e coroações e as tradicionais “sopas”, sempre confecionadas por mestres de cozinha que, expressamente dos Açores, se deslocam para tal, não dão quaisquer tréguas às tradições das nossas ilhas, já que é destas, também, a proveniência da carne, do vinho, da massa sovada e de todos os demais componentes necessários à ocasião.

Em cada ano, na época devida, é representada uma ilha ou um concelho dos Açores e vários concelhos algarvios recebem e vivem, esta tradição que o povo açoriano ao longo dos séculos preserva e difunde.
Alicerçados nesta doação aberta e simultâneo envolvimento, estes festejos do Divino Espírito Santo, considerados como os de maior relevo em Portugal Continental, no ano transato e na inclusão que firma o ultimar da geminação Lagoa – Açores / Lagoa – Algarve focam uma partilha inédita, vivida por mais de setecentas pessoas.

Do múltiplo intercâmbio comungado com a Região Autónoma, nota de relevo adverte que, até ao advento do correio eletrónico, por exemplo, na vertente do ensino, solicitações explícitas incumbem a Casa dos Açores na prática de toda uma formalidade burocrática e na responsabilidade, conseguida, de canalizar docentes no preenchimento de vagas nos diversos estabelecimentos de ensino das nossas ilhas.

Breve referência no campo editorial, evidencia o boletim cultural e informativo “Nove Ilhas”, cuja distribuição inicial regista o mês de Outubro do ano de dois mil e sete. Não obedecendo, de momento, a periodicidade regular, opta por suprir tal faceta menos gratificante na conjugação de um conteúdo da melhor e diversificada escolha.
Inovar, e em constante procura, surge em Outubro de dois mil e oito, a I Semana Cultural dos Açores no Algarve, cujo tema “Açores – Letras, Música e Sabores” pelo pleno sucesso evidenciado, a par da recetividade nutrida, impõe a obrigatória continuidade.

De relance, das honrosas presenças em eventos vários, referir a “Fatacil” – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa”, o maior certame congénere a Sul do Tejo; a “Feira dos Doces, Frutos Secos e Bebidas Regionais” ou “Convívios de Pesca das Casas Regionais”, é evidenciar a presença e a representatividade

dos Açores. Noutro campo, referir o desenrolar do “Encontro Escolar Inter e Multicultural” ou o apoio às Escolas onde trabalhos sobre os Açores são desenvolvidos em cada ano letivo, é corresponder ao projeto alicerçado na sustentação e divulgação da imagem dos Açores.

A essência de toda uma diversificada e estreita colaboração, fortalecida no dia a dia “atendendo ao comum interesse no desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores” corresponde, também, ao explanado no protocolo protagonizado com a Direção Regional das Comunidades.

No ano de dois mil e cinco, por “unanimidade e aclamação”, a massa associativa da Casa dos Açores no Algarve, pela primeira vez, distingue uma personalidade com a atribuição de Sócio Honorário. Em Maio do ano seguinte, Carlos Manuel Martins do Vale César, Presidente do Governo Regional dos Açores, honra com a sua presença o Algarve, onde, na cidade de Faro, e em sessão solene, é feita a entrega do respetivo Diploma.

À então cessante Diretora Regional das Comunidades, Alzira Maria Serpa Silva, personalidade também distinguida como Sócia Honorária da Casa dos Açores no Algarve, a entrega do Diploma tem lugar em Lisboa, numa homenagem protagonizada pela Casa dos Açores daquela cidade, no início do ano em curso.

A Casa dos Açores no Algarve é agraciada com a Medalha de Mérito – Grau Prata da cidade de Faro, enaltecendo a mais valia que representa para o Concelho.

Também em reconhecimento ao trabalho desenvolvido o III Intercâmbio Cultural Brasil / Portugal promovido pela ALAP – Academia de Letras e Artes de Paranapuã, Rio de Janeiro – e a Casa Museu Maria da Fontinha – Castro D’Aire, enaltece-o e outorga à Casa dos Açores no Algarve o Diploma de Honra ao Mérito Austragésilo de Athayde “em reconhecimento aos serviços prestados ao engrandecimento da Cultura Luso-Brasileira”. Em sessão solene desenvolvida no Salão Nobre do Governo Civil de Faro e perante vinte e dois membros da referida Academia, em viagem por Portugal Continental, e inúmeros convidados, é entregue ao presidente da direção o documento que contempla a distinção atribuída. Na mesma sessão solene é, de igual modo, entregue o Diploma de Reconhecimento ao Mérito “pelos elevados serviços prestados à Cultura e à Lusofonia”, outorgado pelo Elos Clube de Leiria, filiado do Elos Internacional da Comunidade Lusíada.

Em abono da verdade, tais distinções não são pertença única da Casa dos Açores no Algarve. Mais que um direito, é dever partilhá-las com todos os que habitam e labutam nas nove ilhas dos Açores que, em pleno Atlântico, jamais esquecem todos quantos, cá por fora, vivem e acumulam saudade.

Neste presente que incute crescente responsabilidade e não abre portas a qualquer desânimo, nem pretende alijar um único esgar da boa vontade empreendida, a confinar com bases e razões rijas e credíveis, é possível adivinhar o “desenho” de um futuro que se pretende isento de desvios ou estagnações».

FUNDADORES

Ruben Mendonça Santos

Pedro Férin

José Manuel Palmeiro

José Luís Mota Vieira

Jaime Vieitas

Henrique Matos Francisco

Fernanda Medeiros Palmeiro

Enóe Martins Furtado

Eduardo Coelho da Silva

António Pessoa

Angeolino Matos

Alexandre Matos

Aldina Mendonça Santos