Lisboa
A Casa dos Açores em Lisboa é uma associação fundada em 27 de março de 1927. Instituição de Utilidade Pública por Decreto de 12 de abril de 1928 é Membro da Ordem do Infante D. Henrique desde 1989.
A ideia de uma sociedade constituída por açorianos residentes no Continente data, pelo menos, de 1881, mas as várias tentativas para a levarem a termo desde então até 1925 não tiveram êxito.
Entre estas, conta-se a de uma “Liga Açoriana” surgida em 1884 (projecto conjunto de açorianos e madeirenses) que chegou a ter os estatutos aprovados pelo Governo Civil de Lisboa no ano seguinte.
A falta de recursos e de empenho dos associados precipitou, porém, a sua extinção pouco tempo depois. Teve igual destino a “Sociedade de Estudos Açorianos” fundada em 1907, que reunia personalidades de relevo, entre as quais Teófilo Braga.
O projeto que veio a dar origem à atual Casa dos Açores surgiu em 1925. A comissão encarregada de redigir os estatutos reuniu-se pela primeira vez no dia 29 de novembro daquele ano e os trabalhos preparatórios prosseguiram depois até ao início da primavera de 1927.
No dia 27 de março desse ano, concluída a redacção dos estatutos, estes foram aprovados em assembleia geral reunida na Sociedade de Geografia de Lisboa.
Nascia assim o Grémio dos Açores, que, logo no ano seguinte, por decreto de 12 de abril de 1928, era reconhecido pelo Governo Português como instituição de Utilidade Pública, distinção pela primeira vez conferida a uma agremiação do género.
Em 1938 o nome de Grémio dos Açores deu lugar ao de Casa dos Açores por uma imposição legal que reservava a designação de «grémio» só para organismos cooperativos do Estado.
Em 1989 a Casa dos Açores foi condecorada por Sua Ex.a o Senhor Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique.
A Sede
Ao tempo da sua fundação, a Casa dos Açores ficou provisoriamente instalada, primeiro na redação da Gazeta dos Caminhos de Ferro, na Rua da Horta Seca (1927), e depois na Sociedade de Geografia de Lisboa (1927-28), de onde passou mais tarde, já em regime de inquilinato, para um andar na Avenida da Liberdade 1928-31), e a seguir, por uns meses apenas, para um andar na Praça de Camões, de onde logo se transferiu para um prédio na Rua Castilho, ali se mantendo por largo tempo (1932-67), vindo a mudar-se só trinta e cinco anos depois para um andar na Rua Cecílio de Sousa (1967-70). Ali ficou somente até 1970, ano em que adquiriu o palacete onde se encontra actualmente, na Rua dos Navegantes, à Lapa.