Pedro da Silveira
Nº DE ASSEMBLEIA: II
Pedro Laureano de Mendonça da Silveira nasceu na freguesia da Fajã Grande, nas Flores, a 5 de setembro de 1922, sendo apelidado como o mais “ocidental poeta europeu”. Foi poeta, tradutor, investigador histórico e crítico literário, realizando ainda um trabalho etnográfico sobre a ilha das Flores no qual procedeu à recolha de romances, provérbios, contos e adivinhas.
Foi colaborador na imprensa escrita (insular, continental e estrangeira) entre outras na Seara Nova (a cujo conselho de redacção pertenceu até 1974), na Colóquio-Letras (1973-1991) e na Vértice. No jornal micaelense A Ilha, a partir de 1945, deu a conhecer uma das expressões da cabo-verdianidade (revista Claridade (1936) movimento literário cuja divulgação, em Portugal, muito lhe deve.
Obras de Poesia: A Ilha e o Mundo, 1952; Sinais de Oeste, 1962; Corografias, (1985); Poemas Ausentes, 1999; Fui ao Mar Buscar Laranjas I, Angra do Heroísmo, 1999 (único volume da sua obra completa publicado);
Obras Diversas: Mesa de Amigos, 2.ª edição, 2002 (selecção e tradução); 43 Médicos Poetas (antologia) 1999; Mais alguns romances da Ilha das Flores, 1986; Os últimos luso-brasileiros: sobre a participação de brasileiros nos movimentos literários portugueses do Realismo à dissolução do Simbolismo, 1981; Antologia de poesia açoriana: do século XVIII a 1975, 1977; “Açores”, Grande Dicionário de Literatura Portuguesa e de Teoria Literária (coord. João José Cochofel), 1977, 1.º vol.; Miguel de Cervantes Saavedra, D. Quixote de la Mancha, 1966; “Para a história do povoamento das Ilhas das Flores e do Corvo: com três documentos inéditos”, Boletim do Núcleo Cultural da Horta, Faial, 2, 1960, pp. 175-198.
Afirmou-se, politicamente, anarquista dada a admiração nutrida pelos anarco-sindicalistas terceirenses Jaime Brasil e Aurélio Quintanilha.