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Santa Catarina

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Santa Catarina

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A Casa dos Açores de Santa Catarina (CASC) é constituída por descendentes dos migrantes açorianos que chegaram a Santa Catarina entre 1748 e 1753 e por simpatizantes da Açorianidade.
A Casa dos Açores de Santa Catarina tem um perfil diferente da maioria das Casas dos Açores, uma vez que não é constituída por pessoas nascidas nos Açores mas por descendentes de sexta, sétima, oitava e nona geração.
Quem chega ao litoral de Santa Catarina fica impressionado com a marcante presença açoriana mesmo depois de mais de 260 anos da migração. Em toda a parte  encontra-se Açores, Açoriano, Açoriana, Açorianidade.
Fundada em dezembro de 1999, congrega pessoas interessadas e envolvidas com a cultura açoriana. A CASC promove o desenvolvimento social, económico e cultural das comunidades de raiz açoriana no Estado de Santa Catarina.
A valorização de ações culturais consiste em promover exposições, apresentações artísticas e publicações literárias. A realização de cursos, palestras e oficinas também é sua finalidade.
O incentivo e apoio da equipa da Direção Regional das Comunidades foram fundamentais para que a Casa dos Açores de Santa Catarina fosse criada. O idealizador da Casa foi o artista plástico Jone Cezar de Araújo. Como primeira providência, ele reuniu um grupo de pessoas interessadas na cultura de origem açoriana. Juntos fizeram um abaixo-assinado que circulou nas localidades onde estavam presentes os descendentes de açorianos. A adesão foi maciça tanto por parte dos descendentes de açorianos, de autoridades, como também das outras etnias formadoras da população catarinense.
O referido documento foi apresentado em uma reunião do NEA – Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, tendo recebido o aval da maioria de seus membros. Era o início da nossa história que contou com a orientação fraterna da Casa dos Açores de São Paulo.
Sem qualquer  vinculação política ou institucional o nosso maior objetivo é propiciar a integração dos descendentes luso-açorianos, que valorizem a herança cultural açoriana e que promovam as nossas manifestações mais significativas deixadas pelos nossos povoadores aqui chegados entre 1748 e 1753.
Após a sua fundação em dezembro de 1999, a Casa elegeu, como primeiro presidente, o Sr. Francisco do Valle Pereira, para o mandato de dezembro de 1999 a maio de 2002. Este período foi dedicado à regularização documental da Casa com vista à sua funcionalidade legal. Na sua gestão a Casa, pela primeira vez, participou na Assembleia do Conselho Mundial das Casas dos Açores realizada na Cidade do Porto (Portugal) em 2001 e teve a presença destacada na tradicional Feira da Esperança, promovida em benefício da APAE, em Florianópolis/SC.
Neste período, foi criada a logomarca da Casa, projeto artístico de autoria de Jone Cezar de Araújo, inspirado na pombinha do  Divino Espírito Santo, da secular tradição, motivo da fé do povo, que ultrapassa as fronteiras das terras e mares unindo o povo açoriano em todo o mundo.
Entre as atividades culturais desenvolvidas destacam-se conferências como a proferida pela professora Dulce Matos, da Casa dos Açores de Lisboa; exposições, como “Em nome do Divino”; fotografias de Lucas Brandão, integrando o Projeto “Caligrafias Açorianas” do Instituto Camões em parceria com NEA-SC, a exposição de pinturas de Valter Vinagre e o lançamento do CD “Clássicos Açorianos”, de Carlos Alberto.
No curso, À Descoberta das Raízes” edição de 2001, a Casa teve vários participantes que demonstraram as suas atividades desenvolvidas em parceria com a Casa dos Açores.
A Casa participou também do VIII AÇOR – Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina, organizada pelo NEA e pela Prefeitura Municipal de São José, com um stand e a instalação artística “Divino”, de Jone Cezar de Araújo. Esta instalação teve o apoio da DRCom – Direção Regional das Comunidades.
A Casa dos Açores sempre teve espaço garantido na mídia estadual e local, vinculando  sempre o seu compromisso com a comunidade açoriana catarinense.
Em 21 de maio de 2002, houve a eleição para a nova direção, concorrendo duas listas, a do Francisco do Valle Pereira e a do Jone Cezar de Araújo, tendo sido este último eleito para a gestão 2002-2004.
Este período foi de grande efervescência cultural e reconhecimento comunitário e marcada pela conquista da sua segunda sede em espaço cedido pela  Fundação Cultural de  Florianópolis Franklin Cascaes, no Forte de Santa Bárbara. A primeira sede da Casa fora um acanhado espaço cedido, inicialmente, pelo arquivo Público do Estado de Santa Catarina. A Prefeitura Municipal de Florianópolis teve um apoio decisivo para equipar e informatizar a sede.
A Casa marcou presença na Feira da Esperança e na FENAOSTRA de Florianópolis com um belíssimo stand sobre a Cultura dos Açores, através de uma parceria com o Consulado Honorário de Portugal. Nestes dois eventos foi considerado pela imprensa como o melhor espaço das Feiras onde não faltou a presença do nosso artesão, da nossa rendeira, da nossa tecelã com a sua arte de tantas gerações.
No ano de  2002, a Casa  participou da V Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores, em São Paulo.
Por problemas de saúde em 2003, Jone Cezar de Araújo deixa a presidência e assume o cargo o Vice-Presidente, Paulo Ricardo Caminha, que completa o mandato.
Neste período realizaram-se ações relevantes para a história da Casa como o 1º Ciclo de Palestras sobre as Raízes Açorianas no Brasil, em parceria com o NEA, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes presidididas pela Direção Regional das Comunidades, bem como o lançamento do CD do Grupo Folclórico Boi de Mamão de Jurerê.
Para o mandato de 2004-2006, assume a  Presidência o Leopoldo Renato Alves da Silva, que entre as suas realizações conseguiu, junto do Governo do Estado de Santa Catarina, a cessão do espaço para abrigar a sede administrativa da Casa, ocupada até os dias de hoje. Nesta época, foi inaugurada a sede cultural, oferecida pela Prefeitura Municipal, na Praça XV de novembro, no centro histórico de Florianópolis. Esta sede foi inaugurada por Alzira Serpa Silva, Diretora Regional das Comunidades. Infelizmente, com a alternância de poder no executivo municipal este espaço foi perdido em 2005.
A 23 de janeiro de 2007 assumiu a presidência da Casa dos Açores de Santa Catarina, a bibliotecária Carin Heloisa Hahn da Silva Machado, eleita por unanimidade a 12 de dezembro de 2006 –  a primeira mulher a assumir este cargo.
A sua primeira ação centrou-se na doação de duas obras de arte presepista dos artistas Jone Cezar de Araújo e Osmarina Villalva, ao Museu do presépio da Câmara da Lagoa, ilha de São Miguel, entregue no Brasil aPalmira Bittencourt. Outras ações e apoios tiveram e estão em desenvolvimento como: o apoio ao lançamento do livro “Caminhos do Divino”, um olhar sobre o Espírito Santo em Santa Catarina, de autoria de Lélia Pereira da Silva Nunes, a presença do stand da Casa em todas as festas do Divino Espírito Santo em Florianópolis e região e ainda a  exposição “Em Louvor ao Divino” dos artesãos Osmarina e Paulo Villalva, na Lagoa da Conceição.
Em abril de 2010, a Casa dos Açores de Santa Catarina, em parceria com o Núcleo de Estudos Açorianos, inaugurou a exposição “Imagens Açorianas em Santa Catarina” no hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, com fotografias de Arante José Monteiro Filho, Danísio Silva e Maria Armenia Wendhausen, onde a açorianidade é comprovada no dia a dia no litoral através de nomes de logradouros públicos (Praia dos Açores, Caminho dos Açores), em estabelecimentos comerciais e outros (Edifício dos Açores, Residencial São Jorge, Hotel Faial, etc).
Por sugestão da Casa, o vereador Dinho – Edinon Manoel da Rosa, apresentou um projeto de lei que deu origem à Lei nº 8.030/2009, através da qual foi i nstituído o dia 21 de outubro- dia municipal da rendeira.
O dia 21 de outubro foi escolhido para recordar a data de 21 de outubro de 1747, data em que os primeiros açorianos (473 pessoas) partiram do porto de Angra, na ilha Terceira rumo a Santa Catarina. Eles vieram em duas galeras: “Jesus, Maria e José” e Sant’ Ana e Senhor do Bonfim”. Doze pessoas morreram durante a viagem que terminou a 6 de janeiro de 1748, quando aportaram na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina. Aquelas mulheres açorianas vieram tecer suas rendas e uma nova vida numa nova terra e deram as cores multicoloridas que essa terra tem e legaram às mulheres da ilha a beleza da renda da bilro.

A Casa já desenvolveu vários projetos de valorização das rendeiras em Santa Catarina. Por intermédio de um convênio com o Programa de Promoção ao Artesanato de Tradição Cultural – PROMOART, Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular e IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, lançou o Centro de Referência da Renda de Bilro de Florianópolis, na Lagoa da Conceição, e, posteriormente, o núcleo de rendeiras Sambaqui, instalado no emblemático Casarão de Sambaqui e o núcleo de rendeiras do Pântano do Sul, instalado na sede da Associação de Moradores daquele local.

Em decorrência deste Convênio várias ações foram desencadeadas: curso de gestão para as rendeiras, promoção de intercâmbio entre as rendeiras das diversas regiões do município de Florianópolis, bem como, intercâmbio com rendeiras do Brasil. Participação das rendeiras de Florianópolis em vários eventos de artesanato de tradição cultural realizados no Brasil e o privilégio de ser selecionado para a Sala do Artista Popular, no Museu de Folclore e Cultura Popular do Rio de Janeiro, com a presença de um grande número de rendeiras de Florianópolis, quando foi lançado o Catálogo Etnográfico Renda de Bilro de Florianópolis, de Maria Armenia Müller Wendhausen e fotografia de Jone Cezar de Araújo.

O artesanato de maior referência cultural do município, a renda de bilro, teve grande visibilidade quando da sua representação em eventos internacionais em Camariñas, na Espanha, em Novedrate, na Itália e, especialmente, nos Açores, precisamente na ilha de São Miguel, quando duas tradicionais rendeiras de Florianópolis ministraram ocurso de renda de bilro, com o encerramento coroado com exposição de peças de renda de bilro confecionada pelas alunas, com obras de arte contendo a renda de bilro no seu contexto e o lançamento do livro Desde o tempo da pomboca – renda de bilro de Florianópolis, com textos de Carin Machado, Maria Armenia Wendhausen e Wilmara Figueiredo e fotografias de Jone Cézar de Araújo e Maria Armenia Wendhausen, edição que faz parte da coleção Cadernos de Memória, representando 63 polos de artesanato de tradição cultural brasileiro, editado pelo Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular.

Outra lei proposta pelo vereador Dinho que tem relação com a Açorianidade em Florianópolis foi a lei que instituiu o Dia Municipal de Abertura Oficial das Festividades do Divino Espírito Santo, a lei nº 8.010/2009.
Desde 2010, a Casa dos Açores tem participado do Ciclo do Divino Espírito Santo que é promovido pela Prefeitura Municipal de Florianópolis através da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.
A Festa do Divino é marca indelével da herança cultural deixada pelos açorianos que chegaram a Santa Catarina em janeiro de 1748. Até hoje onde há açoriano no mundo há festa do Divino. Neste sentido, a Casa se faz presente no Desfile de Abertura do Ciclo do Divino através de seu grupo folclórico e em parcerias nas diversas festas do Espírito Santo.
A Festa do Divino é muito mais que uma tradição religiosa, ela é uma manifestação cultural e folclórica dos habitantes do litoral de Santa Catarina.
No calendário original, as festas do Divino são realizadas no dia de Pentecostes. No entanto, nos Açores realizam-se de maio a setembro e no Estado de  Santa Catarina Estado decorrem por conveniência das comunidades.
Em Florianópolis é comum que ocorram entre os meses de maio a setembro, com duração de três dias.
Outra ação importante que a Casa tem desenvolvido é a restauração de uma das mais antigas construções da ilha de Santa Catarina, a antiga Casa do Vigário. Por meio de comodato, a Mitra Metropolitana de Florianópolis fez cessão de uso da construção para a Casa dos Açores.  A casa apresentou um projeto ao Ministério da Justiça, que por meio do Fundo de  Direitos Difusos, financiou o projeto de restauração do prédio. A próxima etapa será levantar recursos para a efetiva restauração da construção, de valor inestimável.
Entre 2012-2015 a  direção foi presidida por Jone Cezar de Araújo.Em outubro de 2015, Sergio Luiz Ferreira assumiu o cargo de Presidente para um mandato que termina em 2018.
Em 2013, a Casa fez-se representar, através do seu grupo “Balho & Tocata Raízes Açorianas”, nas Fiestas Azoriano-carolinas, em San Carlos, Departamento de Maldonado, Uruguai.
Quando foi criada em 1999, optou-se por chamar a entidade de Casa dos Açores ilha de Santa Catarina, pelo facto de ser a única casa com sede numa ilha. No entanto, toda a Casa dos Açores é de algum lugar e isso levou muitas pessoas a referirem-se a ela como Casa dos Açores da Ilha de Santa Catarina. A ilha de Santa Catarina, que pertence ao município da capital catarinense, deu origem ao nome do Estado. Como a casa tem abrangência em todo o Estado de Santa Catarina, em 2014, a Casa dos Açores decidiu em assembleia geral retirar do seu nome a expressão “Ilha”. Neste sentido em junho de 2015 foi realizada nova assembleia geral para aprovação do novo estatuto social adequando a Casa ao seu novo nome.
Santa Catarina
O atual Estado de Santa Catarina foi habitado por homens do Sambaqui, itararés e guaranis (carijós).  A partir da chegada dos europeus à América, estabeleceram-se descendentes de portugueses vindos da Capitania de São Vicente (SP). Os açorianos, chegados entre 1748 e 1753, deram um rosto próprio ao litoral catarinense. Eles trouxeram dos Açores todo um imaginário, lindas devoções populares, expressões artísticas e religiosas e uma forma toda particular de enxergar o mundo e encarar a vida. Os africanos foram os maiores parceiros dos açorianos na arte de adaptarem-se à nova terra, eles contribuíram imensamente para surgisse uma cultura catarinense que tem raízes profundas no longínquo arquipélago dos Açores e na imensidão de África. Com o passar do tempo outras etnias foram chegando (sobretudo alemães, italianos e poloneses) e contribuíram para que Santa Catarina fosse um dos estados brasileiros com maior diversidade étnica.

FUNDADORES

Thiago Pereira Alves

Sileide Maria da Silva Lisboa

Rodrigo Pereira

Rafael Pereira Oliveira

Nereu do Vale Pereira

Neiva Maria Ortega Higa

Maria Rosa de Souza

Maria Estela Reis

Marco Antônio de Lacerda

Leopoldo Renato Alves da Silva

Jone Cezar de Araújo

Joi Cletson Alves

João Eduardo Pinto Basto Lupi

Henrique Francisco Korb

Geraldo do Vale Pereira

Gelci José Coelho

Francisco do Vale Pereira

Fernanda Lago

Eugênio Pascele de Lacerda

Doralécio Soares

Cleusa Portella

Carin Heloísa Hahn da Silva Machado

Arceloni Volpato

Ana Lúcia Coutinho

Alésio dos Passos Santos

Adriana Bainha

Estatutos e Regulamentos

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